terça-feira, 13 de abril de 2010

Adesão da China a sanções contra Irã pode isolar Brasil

A posição brasileira de rejeitar novas sanções contra o Irã poderá ser posta em xeque caso a China decida apoiar as medidas, dizem analistas internacionais. "Se a China concordar com novas sanções, isso vai mostrar que as grandes potências mundiais estão preocupadas com a questão nuclear do Irã", diz Mauricio Cárdenas, diretor da Iniciativa para a América Latina do Instituto Brookings, de Washington. "E ignorar esse fato não é a direção correta a ser tomada por um país que deseja ser uma potência global", afirma. A questão nuclear iraniana estará no centro dos debates a partir desta segunda-feira, quando representantes de 47 países, entre eles o presidente Lula, participam da Cúpula sobre Segurança Nuclear organizada pelo governo norte-americano em Washington. Até o momento, Brasil e China têm adotado discursos semelhantes sobre o assunto, com manifestações contrárias à imposição de uma quarta rodada de sanções da ONU contra o Irã e com a defesa do diálogo como melhor caminho. Nas últimas semanas, porém, Pequim vem dando sinais de que poderia mudar sua posição. O governo chinês já aceitou "discutir" a questão das sanções e, na última quinta-feira, enviou um representante a uma reunião entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha para debater o tema.

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