quarta-feira, 3 de março de 2010

Dissidente político cubano é mandado para casa após greve de fome

O dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há sete dias, e que estava preso pela ditadura genocida da dinastia Castro, voltou para casa na tarde desta quarta-feira, após ter sido hospitalizado por desmaiar. Segundo a porta-voz do protesto, Liset Zamora, os médicos ajudaram Fariñas a recuperar a consciência e decidiram que ele tem condições de ficar em casa. O dissidente, que ainda está frágil, mas consciente, começou o protesto para pedir a liberdade de aproximadamente 200 presos políticos cubanos, segundo a oposição, e reiterou nos últimos dias que só seria hospitalizado quando perdesse a consciência. O médico opositor Ismel Iglesias disse que Fariñas acordou nesta quarta-feira com sinais de desidratação e dores de cabeça, nos olhos e no abdômen. Na terça-feira, Fariñas insistiu que os opositores presos, que iniciaram greves de fome após a morte do dissidente Orlando Zapata, morto depois de 85 dias em jejum, deixassem o protesto. "Pedi a todos que estão na prisão para que deixassem as greves porque quem tem que fazer greve são os que estão na rua para que eles saiam", disse Fariñas. A Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, formada por opositores, disse que os dissidentes presos Diosdado González e Eduardo Díaz Fleitas deixaram a greve de fome na terça-feira. A CCDHRN ainda não confirmou a situação do preso Nelson Molinet, enquanto o detento Fidel Suárez mantém a greve de fome. Fariñas passou mais de 11 anos na prisão nas últimas décadas, e fez 23 greves de fome desde 1995, sendo uma de seis meses em 2006, com internações para ser alimentado por via intravenosa, para exigir que os cubanos tenham acesso irrestrito à internet.

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