segunda-feira, 15 de março de 2010

Dissidente cubano em greve de fome pode estar com problema renal

O jornalista dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há 16 dias, pode estar sofrendo uma "complicação renal". Ele não urina desde que ingressou ontem na UTI do hospital de Santa Clara (centro), disse nesta sexta-feira, sua porta-voz, Licet Zamora. "Fariñas continua em observação na UTI do hospital Provincial Arnaldo Milián, e sua situação nos preocupa, embora os médicos não tenham confirmado a complicação renal", disse Zamora, por telefone, a partir de Santa Clara, 280 quilômetros ao leste de Havana. "Estamos esperando os resultados dos exames realizados, acrescentou ela. Fariñas --que realizou mais de 20 greves de fome e esteve preso três vezes por sua atividade opositora-- sofreu quinta-feira um choque hipoglicêmico semelhante ao de 3 de março. No hospital Milían, a informação é a de que ele está em estado "grave, mas estável". A mãe do dissidente, Alicia Hernández, disse à AFP sentir-se "mais tranquila", porque seu filho "está internado, acompanhado por médicos 24 horas", mas lamentou que mantenha sua posição de continuar com o protesto, para exigir a libertação de 26 presos políticos cubanos. "Ele está consciente, mas sente dores articulares, de cabeça, lombares, e apresenta sintomas de desidratação. Disse-me que se sente esgotado", comentou Hernández, que é enfermeira aposentada. Fariñas começou o jejum no dia 24 de fevereiro, após a morte do preso político Orlando Zapata, de 42 anos, das consequências de uma greve de fome de dois meses e meio.

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