domingo, 7 de março de 2010

Bolsa-Família ainda fica aquém da Previdência Rural

Ao contrário do que o governo Lula costuma divulgar, o Bolsa-Família, apesar de ser uma importante ferramenta de combate à pobreza, não é o maior e mais importante programa de distribuição de renda do País. Os programas de transferência de renda garantidos pela Constituição de 1988 (que o PT e os petistas se recusaram a assinar), como a Previdência Rural e o Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas), têm um impacto mais significativo na redução da pobreza. O terceiro em impacto social é o Bolsa-Família. Atualmente, 12,6% da população brasileira vive em situação de indigência (renda inferior a um quarto do salário mínimo) e outros 32% em situação de pobreza (renda menor do que meio salário mínimo). Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, se fosse retirado o Bolsa-Família dessa conta, a indigência saltaria para 13,9% e a pobreza para 33%. Mas a situação fica muito pior quando o cálculo desconsidera não só o Bolsa-Família como também benefícios previdenciários e o Benefício de Prestação Continuada. Nesse caso, a indigência e a pobreza passariam a representar 23,4% e 43,7% da população brasileira, respectivamente. "Isso mostra que a Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada conseguem retirar uma parcela maior da população da indigência, permitindo uma mobilidade maior do que o Bolsa-Família", afirmou Luciana Jaccoud, pesquisada do Ipea.

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