sábado, 27 de março de 2010

Ação da Telebrás desaba, mas ainda acumula ganho de 16.830% no governo Lula

As ações ordinárias da Telebrás despencaram nos últimos 45 dias na Bovespa, mas ainda acumulam alta de 16.830% no governo do presidente Lula, segundo estudos da consultoria Economática. Os papéis da companhia chegaram a acumular valorização de 35.072% no governo Lula, até o dia 8 de fevereiro. De lá para cá, soma desvalorização de 51,9%. Os ganhos da empresa na Bovespa foram revelados em reportagem do jornal Folha de S. Paulo. Segundo estudo da Economática, as ações perderam 39,1% apenas em março. No ano, no entanto, o desempenho ainda é positivo em 79,7%. Nesta semana, as ações registraram fortes quedas após nota divulgada pelo Tesouro Nacional condenando a reativação da Telebrás pelo governo Lula para gerir seu programa de banda larga. É a segunda autoridade do governo a se opor à ideia. Na semana passada, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, já levantara publicamente restrições a que a estatal seja reativada. A medida é defendida pelo Ministério do Planejamento e pela Casa Civil. Em dezembro de 2009, o governo conseguiu, na Justiça, que a rede de 16 mil quilômetros de fibras ópticas que estava na massa falida de outra empresa com participação estatal, a Eletronet, passasse para as estatais do setor elétrico. Com a decisão, fortaleceu-se a ideia do governo de usar a Telebrás como gestora dessa rede de fibras, para atuar no mercado a fim de massificar o acesso à internet em alta velocidade, com preços menores do que os cobrados hoje pelas empresas privadas no setor. O ex-ministro José Dirceu, deputado federal petista cassado por corrupção, e réu no processo penal do Mensalão do PT, recebeu ao menos R$ 620 mil do principal grupo empresarial privado que será beneficiado caso a Telebrás seja reativada. O empresário Nelson dos Santos, um dos sócios privados da Eletronet, diz ter direito a receber cerca de R$ 200 milhões por sua participação, adquirida em 2005 por R$ 1,00.

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