domingo, 14 de fevereiro de 2010

Sócio chinês alivia aperto no caixa da MMX, de Eike Batista

Pressionada por dívida de R$ 1,4 bilhão, por um caixa que mal cobria os débitos com vencimento em um ano e pela falta de dinheiro para deslanchar a produção, a mineradora MMX anunciou a conclusão de acordo que lhe trará um aporte de R$ 1,2 bilhão. A operação traz alívio para as finanças. A empresa controlada por Eike Batista anunciou que o governo chinês autorizou a entrada do grupo de mineração e siderurgia Wisco (Wuhan Iron and Steel Corporation) como seu sócio. Trata-se de desfecho de um acordo que começou a ser negociado no segundo semestre do ano passado. Como resultado, a MMX fará um aumento de capital (emissão de novas ações), com o objetivo de levantar até R$ 1,2 bilhão, R$ 739 milhões sendo aportados pelos chineses. Quando uma empresa emite novas ações, a prioridade de compra desses papéis é dos acionistas existentes, para dar-lhes o direito de não serem diluídos (ou seja, encolher em participação percentual no capital da companhia). Para garantir ao novo sócio chinês acesso a essa oferta, Eike e outros acionistas ligados a ele abrirão mão do direito de compra das novas ações, em favor da Wisco. Assim, o grupo de Eike perderá espaço no capital da MMX. Até agora, tem cerca de 65% e passará, depois da conclusão da emissão de novas ações, a 44%. Os chineses ficarão com os 21% restantes. Segundo a empresa, em setembro passado sua dívida chegava a R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 668 milhões com vencimento em até um ano. No caixa, havia R$ 63 milhões.

Nenhum comentário: