sábado, 13 de fevereiro de 2010

Nobel da Paz iraniana diz que sanções econômicas afetam só o povo

A advogada iraniana e militante dos direitos humanos Shirin Ebadi, vencedora do Nobel da Paz em 2003, disse na sexta-feira que a repressão do governo do ditador fascista islâmico Mahmoud Ahmadinejad aos grupos opositores piorou e que, por isso, a comunidade internacional não deveria impor novas sanções econômicas ao país, pois elas prejudicam mais o povo que o regime. "O governo do Irã precisa ser questionado sobre suas violações aos direitos humanos", disse Ebadi, em discurso a uma plateia lotada, na sede da ONU, em Genebra. "A situação dos direitos humanos no Irã está se deteriorando rapidamente. Todo ano damos um passo para trás, e não para a frente", disse ela. Ebadi não volta ao Irã desde 11 de junho do ano passado, um dia antes da fraudada eleição que deu um segundo mandato ao ditador fascista islâmico Ahmadinejad. Na sequência, o país viveu uma histórica onda de protestos que levaram a confrontos entre policiais e dissidentes, com centenas de prisões e dezenas de mortes. A oposição estima em 80 os mortos desde junho. Como alternativa que a advogada considera "úteis" para sufocar o regime de Ahmadinejad estão a proibição de venda de armas ou de tecnologia por parte de multinacionais como a Siemens e a Nokia. Conforme Ebadi, essa tecnologia é usada pelo governo para bloquear acesso à internet e a celulares durante manifestações.

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