sábado, 20 de fevereiro de 2010

Lula se agacha, e já prega volta de Honduras à OEA

O presidente bolivariano Lula disse querer retomar o “diálogo” com Honduras e defender a volta do país à OEA (Organização dos Estados Americanos). Ele pediu ainda que o presidente Porfírio “Pepe” Lobo, cuja eleição não foi reconhecida pelo Brasil, promova uma reconciliação nacional que inclua o retorno ao país do golpista Manuel Zelaya, deposto em junho passado por uma ordem daq Suprema Corte. Por meio do porta-voz Marcelo Baumbach, Lula disse estar “preocupado com o precedente aberto pela ruptura institucional que representou o golpe que derrubou Zelaya em junho de 2009“, mas “acha importante o retorno de Honduras à OEA” e a “retomada do diálogo” com o governo de Lobo. Essa declaração é mais um indício de que o Brasil está disposto a rever a rígida postura que manteve com relação ao processo eleitoral que levou Lobo ao poder. O hondurenho, que tomou posse em janeiro passado, ainda não foi reconhecido pelo governo Lula como presidente legítimo. Essa nova posição coincide com a postura do secretário-geral da OEA, o socialista bolivariano José Miguel Insulza, que defendeu o retorno de Honduras ao organismo, apesar da resistência de alguns países. Segundo o porta-voz, Lula “não quer que perdure essa situação de ruptura do diálogo” e considera que a Cúpula do Grupo do Rio que será realizada na próxima semana no México pode ser uma “oportunidade” para afinar posições com os demais países latino-americanos. Esclareceu, no entanto, que Lula “não levará nenhuma proposta concreta”, mas “irá disposto a conversar com outros líderes latino-americanos”, porque acredita que desse encontro pode surgir “uma posição regional”. Diz o jornalista Reinaldo Azevedo: "Eis a que nos conduziu a política externa de Celso Amorim, o Megalonanico, que, em companhia de Lula, agora joga o Brasil no colo do Irã. O Itamaraty, como diz um verso sublime de uma música hedionda de um certo estilo dito “sertanejo universitário”, “paga pau” para os estrategistas hondurenhos. A democracia de Honduras venceu; o governo do Brasil perdeu. Roberto Micheletti deu um olé nos arrogantes do Bananão. A estréia de Lula como governante subimperialista foi um fiasco. Mas vejam que Lula se atreve a sugerir uma Comissão da Verdade! É!? Por aqui, a dita-cuja só saiu do papel quando ficou claro que seria uma Comissão da Verdade de mentirinha. Lula teve de engolir o veto militar. E sabe disso muito bem. Veto justificado, diga-se: não porque militares devam se meter em política, mas porque Lula e os militares estão subordinados à lei. E a Lei da Anistia vale para todos e não contempla o revanchismo de caudatários e remanescentes do terrorismo. Manuel Zelaya saiu de Honduras porque quis. Está anistiado. Saiu porque é um covarde e porque a esmagadora maioria dos hondurenhos o detesta. O governo interino de Micheletti tinha o apoio de mais de 70% da população. Com todo o mundo contra ele, Micheletti tinha um apoio parecido com o de Lula no Brasil, com todo o mundo a favor dele. Não é verdade que o Brasil foi lançado sem querer na crise. A volta de Zelaya foi uma tramóia urdida pelos governos da Venezuela, do Brasil, de El Salvador e da Nicarágua. José Miguel Insulza, que agora defende a conciliação tentando se reeleger secretário-geral da OEA, previu guerra civil, na verdade, ameaçou com ela e a estimulou. Um certo Ruy Casaes, representante do Brasil na OEA, disse e fez a mesma coisa. Agora todos tentam uma saída honrosa. Lula deixou claro no Estadão: “A Venezuela é uma democracia”. Fica um tanto difícil provar que Honduras é uma ditadura, não é mesmo? Roberto Micheletti para secretário-geral da OEA".

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