quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Justiça paulista nega recurso e manda a júri 116 policiais militares envolvidos no massacre do Carandiru

A Justiça de São Paulo negou um recurso e decidiu manter júri popular para 116 policiais militares acusados de envolvimento nas mortes de 111 presos da Casa de Detenção, em 1992, no episódio que ficou conhecido como massacre do Carandiru. A decisão, unânime, foi tomada na terça-feira pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ou seja, passaram-se 18 anos até a Justiça dizer que os acusados devem enfrentar o juri. E ainda querem chamar isso de Justiça. Ora, vão plantar batatas.... A defesa dos acusados ainda pode recorrer a instâncias superiores. O julgamento não tem data prevista. Nenhum dos acusados pelo massacre foi preso. Entre eles, apenas um, o coronel Ubiratan Guimarães, chegou a ser condenado, em 2001, a 632 anos de prisão por coautoria na morte de 102 dos presos e por cinco tentativas de homicídio. Ele recorreu da sentença em liberdade e, em 2006, a sentença foi anulada pela Justiça. Coronel da reserva da Polícia Militar e deputado estadual, Ubiratan Guimarães, de 63 anos, foi morto a tiros em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo), em setembro de 2006. A então namorada, a advogada Carla Cepollina, foi acusada pelo crime, embora sempre tenha negado envolvimento. Em outubro de 1992, 111 presos do Pavilhão 9 do Complexo Penitenciário do Carandiru foram mortos após a Polícia Militar ter invadido o local para conter uma rebelião. Os policiais militares entraram na unidade sob o comando do coronel. A Casa de Detenção Carandiru foi desativada em setembro de 2002. Em dezembro daquele ano, três pavilhões foram implodidos, inclusive o 9.

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