quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ex-presos políticos e dissidentes cubanos homenageiam Zapata

Quase cem ex-presos políticos e opositores cubanos se reuniram nesta quarta-feira em uma casa no centro de Havana para dar o último adeus ao preso político Orlando Zapata, morto na terça-feira depois de mais de dois meses de greve de fome na prisão. "Quero com minha presença homenagear o irmão falecido. Não poderemos ir a Banes (povoado onde Zapata será enterrado), mas meu coração está com ele", afirmou Niurkis Rivera, um dos participantes do "funeral simbólico" realizado na casa de Laura Pollán, líder do grupo Damas de Branco. "Como mulher, mãe e esposa culpo os irmãos facínoras e genocidas Castro pela morte de Zapata", disse Niurkis Rivera. Carmelo Díaz, um dos 75 dissidentes condenados em 2003 a penas de até 28 anos de prisão, disse que a ditadura cubana "praticamente deixou Zapata morrer, num ato atroz para castigar a sociedade civil". Zapata, de 42 anos, considerado "prisioneiro de consciência" pela Anistia Internacional, morreu em um hospital de Havana em decorrência de uma greve de fome iniciada em dezembro último, para protestar contra as suas condições carcerárias. O dissidente, que morreu no hospital Hermanos Ameijeiras, da capital, para onde foi levado às pressas, na noite de segunda-feira, procedente do hospital do presídio Combinado del Este, foi seputado nesta quarta-feira em Banes, a 850 quilômetros a nordeste de Havana.

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