quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

CPI do MST aprova 60 requerimentos, mas adia decisão sobre quebra de sigilos

A CPI do MST aprovou nesta quarta-feira mais de 60 requerimentos que oficialmente dão início às investigações, mas exclui temas polêmicos que prometem provocar o embate entre governo e oposição. Parlamentares do DEM e PSDB concordaram em deixar para depois do Carnaval a análise dos requerimentos que pedem a quebra de sigilo de entidades ligadas à organização terrorista clandestina MST que receberam recursos do governo federal. O presidente da CPI, senador Almeida Lima (PMDB-SE), sinalizou que pode retardar a análise dos requerimentos referentes às quebras de sigilo. "É de bom tom deixar esse debate para o momento que acontecer mais à frente. Poderá nem ser na próxima sessão diante da necessidade de dar consequência àqueles requerimentos que foram objeto de aprovação no dia de hoje", afirmou. Sem protestar, a oposição aceitou o acordo fechado com os governistas. "O importante para nós era fazer a CPI andar. Esse acordo permite que a CPI ande. Com o passar do tempo, dá para se chegar onde a gente quer", disse o vice-presidente da CPI, deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS). O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) disse que vai cobrar a aprovação dos requerimentos de quebra de sigilo para evitar que a CPI fique apenas discutindo temas ligados ao MST, sem investigar de fato irregularidades no repasse de recursos do governo federal.

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