domingo, 14 de fevereiro de 2010

Amazônia terá torre de pesquisa de 320 metros para monitorar a atmosfera

Uma torre de 320 metros de altura será construída na Amazônia para monitorar a atmosfera e os gases-estufa. Com a torre, os cientistas esperam ter condições de fazer projeções mais confiáveis sobre os impactos das mudanças climáticas globais na Amazônia para os próximos 30 anos. A construção da estação de pesquisa, uma parceria entre Brasil e Alemanha, deve terminar no final do próximo ano e terá investimentos de R$ 24 milhões. No projeto Atto (Observatório Amazônico de Torre Alta), os cientistas farão as pesquisas 270 metros acima das copas das árvores. Hoje, as maiores torres usadas para pesquisas na região têm 67 metros. "A grande função das torres será mostrar com dados científicos a importância da floresta amazônica em termos de serviços ambientais e, com isso, incentivar as políticas públicas e desenvolver instrumentos para combater o desmatamento", diz Jochen Schöngart, pesquisador do Instituto Max Planck de Química, da Alemanha, que participa do projeto. Pelo Brasil, coordenam o projeto o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e a Universidade Estadual do Amazonas. O Atto terá a maior torre de observação atmosférica da América Latina. Outras quatro torres de 80 metros serão erguidas no entorno da principal. O complexo será construído dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, em Presidente Figueiredo, a 133 quilômetros de Manaus. No entorno da torre maior serão instalados radares e perfiladores atmosféricos de temperatura, umidade, aerossóis e sensores de medidas de concentração e fluxos de gases.

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