terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Tropas norte-americanas assumem segurança do palácio presidencial do Haiti

Tropas dos Estados Unidos chegaram nesta terça-feira de helicóptero ao Palácio Presidencial do Haiti, na capital Porto Príncipe, para assumir a segurança do local. Cerca de 50 paraquedistas da 82ª Divisão Aerotransportada chegaram em pelo menos quatro helicópteros para vigiar o palácio, que, assim como boa parte de Porto Príncipe e outras três cidades, sofreu graves danos no terremoto de magnitude 7 do último dia 12. Eles começaram a descarregar equipamentos no que parece ser a maior operação militar dos Estados Unidos até agora na capital haitiana, desde que foi devastada pelo terremoto. Na prática, o reforço nas tropas norte-americanas pode dar a Washington o controle de fato das operações de resgate, auxílio e de segurança, apesar de o controle de direito ser das forças de paz da ONU, hoje com cerca de 7.000 soldados e comandadas militarmente pelo Brasil, que tem 1.266 militares no país. As tropas norte-americanas chegam para trabalhar na distribuição de medicamentos e na manutenção da ordem pública no país, uma tarefa que estava, até então, a cargo das tropas da ONU e sob o comando dos militares brasileiros. O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, disse que o número de soldados norte-americanos no Haiti pode aumentar ainda mais, dependendo das previsões de quanta assistência será necessária nos próximos dias. Antes mesmo do reforço nas tropas, os EUA já levaram ao país caribenho mil soldados, vários navios da Guarda Costeira com helicópteros, o porta-aviões Carl Vinson, com 19 helicópteros, 51 leitos hospitalares, três centros cirúrgicos e capacidade de tornar potáveis centenas de milhares de litros de água por dia. Há uma companhia já em solo lidando com segurança e distribuição e, até segunda-feira, chegam mais dois navios com helicópteros, uma força anfíbia com 2.200 fuzileiros e um navio-hospital. Cidadãos haitianos subiram nas grades do palácio presidencial para comemorar a chegada das tropas. "Nós estamos felizes que eles estão chegando, porque nós temos tantos problemas", disse Fede Felissaint, um cabeleireiro. "Se eles quiserem, eles podem ficar mais do que em 1915", disse, em uma referência ao começo de uma presença de 19 anos dos americanos no país.

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