terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Tesouro prevê dívida pública em até R$ 1,73 trilhão em 2010

A dívida pública federal deve terminar o ano de 2010 entre R$ 1,6 trilhão e R$ 1,73 trilhão, o que significaria um brutal aumento de até 16% sobre 2009, de acordo com o PAF (Plano Anual de Financiamento), divulgado nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional, dirigido pelo petista trotskista gaúcho Arno Augustin. Em 2009, a dívida federal encerrou o ano em R$ 1,49 trilhão, dentro da previsão feita anteriormente pelo governo, que era de R$ 1,45 trilhão a R$ 1,6 trilhão. De acordo com o Tesouro, os principais objetivos para 2010 são aumentar o prazo médio da dívida, substituição gradual dos títulos remunerados pela Selic por títulos com rentabilidade pré-fixada ou vinculada a índices de preços e ampliação da base de investidores. A meta do governo é que o percentual de títulos pré-fixados encerrem 2010 entre 31% e 37% (em 2009, ficou em 32,2%). Já para os remunerados por índices de preços a margem é de 24% a 28% (foi de 26,7% em 2009). Os títulos remunerados pela Selic deverão fechar o ano com 30% a 34% da fatia total da dívida (teve 33,4% em 2009) e os indexados ao câmbio entre 5% e 8% (era 6,6% no ano passado). O prazo médio da dívida, que fechou dezembro em três anos e meio, deve ficar entre 3,4 e 3,7 anos em 2010. Já o percentual de papéis que vencem em 12 meses (23,6% no fim de 2009) deve fechar este ano entre 24% e 28%. O crescimento da dívida em 2009 se deve, em grande parte, à emissão de títulos no valor de R$ 100 bilhões para capitalização do BNDES.

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