quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Setor agrícola também se rebela contra Plano de Direitos Humanos do governo petista

Depois de os militares se rebelarem contra o Plano Nacional de Direitos Humanos, do governo petista, o setor agrícola reagiu nesta quinta-feira ao decreto do presidente bolivariano Lula, que instituiu o programa. Segundo a Confederação Nacional da Agricultura, o plano discrimina o setor agrícola ao afirmar que o agronegócio viola os direitos humanos no País. A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), acusou o governo Lula de elaborar um plano ideológico contra o agronegócio em um texto com "plataforma socialista" do governo federal. "Eu vejo que uma parte deste governo tem tendência bastante radical, ideológica, de esquerda extrema. Isso é uma plataforma socialista de governo, uma tentativa explícita de segregação do nosso setor, de preconceito abusivo", disse Katia Abreu. A senadora disse que um dos anexos do plano afirma que o agronegócio "não tem preocupação nem compromisso com os direitos humanos dos pequenos e médios agricultores, e das populações rurais". O setor também não teria preocupação com os direitos trabalhistas dos trabalhadores rurais, de acordo com a senadora. Kátia Abreu disse que o plano também estimula a realização de audiências públicas para discutir a reintegração de posse de terras invadidas mesmo em casos onde houver decisão judicial para a retirada dos invasores. "Este plano pretende que, antes da liminar, antes que um juiz possa decidir se vai devolver a propriedade invadida para o produtor, sugere uma audiência pública com vários participantes para que possa ser feita uma mediação. Vou sentar e mediar com o crime. Estou dizendo para o MST que estou legitimando as suas ações", afirmou. A senadora disse que há "setores" do governo federal que estão "incontroláveis" no que diz respeito ao preconceito com o agronegócio, entre eles, os ministérios do Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Ibama e Incra. "O Ministério da Justiça também, diante do que estamos vendo aqui neste plano. É um preconceito já escrito", afirmou.

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