segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Médicos cubanos fogem da Venezuela para os Estados Unidos

Cerca de 500 médicos cubanos já aproveitaram o acordo de cooperação que prevê que eles trabalhem na Venezuela para fugir para os Estados Unidos. A informação foi divulgada por fontes do exílio cubano em Miami, que inclui os próprios médicos desertores. Eles relatam que para sair da Venezuela, precisam pagar de US$ 300,00 a US$ 2 mil a funcionários do aeroporto. O último caso de deserção desse tipo ocorreu na quarta-feira passada, quando sete jovens doutores deixaram o aeroporto de Maiquetía, em Caracas, depois de serem retidos por várias horas e subornar agentes venezuelanos. "Os funcionários em Maiquetía submetem a uma forte pressão psicológica os médicos que querem sair do país até que finalmente eles aceitam pagar um suborno", explicou em Miami o médico cubano Keiler Moreno, de 27 anos, que fugiu de Caracas há cinco meses. Moreno é colega dos sete recém-chegados e os ajudou a deixar a Venezuela. Na quarta-feira, ele esperou os amigos no aeroporto de Miami para auxiliá-los com os trâmites nos Serviços de Imigração e Alfândega. "Somos da mesma turma que se formou em medicina em 2007", afirmou. Associações católicas e ONGs também prestaram assistência ao grupo. Segundo o exílio cubano, 2 mil profissionais da área de saúde já desertaram desde 2006. Os 500 médicos que chegaram da Venezuela representam, portanto, um quarto do total. Só no último ano, foram 200 os que embarcaram de Caracas para os Estados Unidos. "Para sair é preciso conseguir o visto na embaixada dos Esados Unidos em Caracas. Os funcionários venezuelanos não dão permissão de saída para os cubanos, mas tudo se resolve com suborno", diz Moreno.

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