sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Médicos avisam que estresse é vilão dos "hipertensos silenciosos"

A hipertensão é uma doença mais comum do que se imagina. O Ministério da Saúde estima que 35% dos brasileiros acima de 40 anos tenham o problema, caracterizado pela pressão arterial igual ou maior que 14 por 9 (a do presidente Lula chegou a 18 por 12). Muitas vezes, o paciente já tem a doença, mas não apresenta sintomas. Nesses casos, as crises podem ser deflagradas por situações de estresse. "O estresse libera substâncias endógenas (produzidas pelo próprio organismo) chamadas catecolaminas, que promovem a elevação da frequência cardíaca e, em paralelo, o aumento no tônus (resistência) vascular, levando a um incremento na pressão arterial", explica Firmino Haag, cardiologista do Hospital e Maternidade São Luiz. Entre as catecolaminas mais comuns está a adrenalina. Além do estresse, fatores relacionados ao estilo de vida podem desencadear a alta da pressão arterial. "Alguns pacientes têm oscilações mediante situações decorrentes de sedentarismo, sobrepeso e má alimentação", afirma Haag. O consumo de cigarro e álcool, além do excesso de sal, também estão associados à ocorrência das crises, que podem até passar despercebidas. "Em 90% dos casos, não se sente nada e a alta só é descoberta por medição. A crise só é sentida quando a elevação da pressão ocorre muito rapidamente. Caso seja gradativa, a pessoa pode não apresentar nenhum sintoma", diz Celso Amodeo, cardiologista do Hospital do Coração. Os sintomas desse aumento súbito da pressão arterial podem ir de dor de cabeça e cansaço até outros mais graves, como infarto, derrame (AVC) e complicações renais. O tratamento de uma crise já deflagrada pode implicar um simples repouso ou a administração de medicamentos.

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