sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CNBB contesta em panfletos plano do governo e chama Lula de "novo Herodes"

A decisão do presidente Lula de modificar o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos para agradar a área militar não foi suficiente para por fim à polêmica sobre o texto. A Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB resolveu contestar em panfletos o plano do governo bolivariano lulista. Para eles, o presidente Lula é o "novo Herodes" ao apoiar o projeto de lei que descriminaliza o aborto e defender a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Em nota divulgada na última sexta-feira, a CNBB afirma que mantém sua posição contra alguns pontos do programa, especialmente no que diz respeito à descriminalização do aborto e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Para a CNBB, lotada de padres comuistas, não importa se este projeto pretende abolir a propriedade privada, a liberdade de informação e outras agressões totalitárias. "A CNBB tem, ao longo de sua história, se manifestado sobre vários temas contidos no atual Programa Nacional de Direitos Humanos. Nele há elementos de consenso que podem e devem ser implementados imediatamente. Entretanto, ele contém elementos de dissenso que requerem tempo para o exercício do diálogo, sem o qual não se construirá a sonhada democracia participativa, onde os direitos sejam respeitados e os deveres observados", diz a nota. A CNBB afirma ainda que mantém sua posição "em defesa da vida e da família, e contrária à descriminalização do aborto, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito de adoção de crianças por casais homoafetivos". Os bispos também classificam de "intolerante" a sugestão do programa de "impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União". Só isto tem caráter intolerante e totalitário no projeto? Na nota, a entidade afirma que tem em sua história a promoção e defesa dos direitos humanos, por isso se mostra disposta a dialogar com o governo detalhes do programa. Para a CNBB, liberdade de informação, certamente, não integral o rol dos direitos humanos.

Nenhum comentário: