sábado, 16 de janeiro de 2010

Anotações de executivo da Camargo Corrêa sugerem propinas

O relatório final da Polícia Federal sobre a Operação Castelo de Areia, suspensa na última quinta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça, revela que as principais evidências de um suposto pagamento de propina por parte da Camargo Corrêa a políticos ou autoridades públicas partiram de arquivos pessoais e extremamente detalhados do diretor da empresa Pietro Francesco Giavina Bianchi. Em dezenas de anotações manuscritas, digitalizadas e arquivadas em dois pendrives atribuídos a Bianchi, há informações sobre o andamento de obras públicas com o nome de autoridades públicas e valores em dólares e em reais. Em alguns casos, o documento é seguido por comprovantes de transferência bancária internacional, os chamados "swifts", cujos valores eram similares ao do suposto pagamento, o que leva as autoridades brasileiras a acreditar em um suposto acerto de contas no Exterior. Para a Justiça, apenas os documentos digitalizados e apreendidos, sem uma comprovação efetiva da ocorrência de pagamentos, não configuram por si só prova contra as pessoas citadas.

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