terça-feira, 8 de dezembro de 2009

União Soviética guardou parte do corpo de Hitler

Os restos mortais do ditador nazista Adolf Hitler foram destruídos por ordem dos dirigentes soviéticos, mas foram preservados fragmentos do crânio e da mandíbula, afirmou nesta segunda-feira o Serviço Federal de Segurança russo (FSB, ex-KGB). Yuri Jristoforov, chefe do Arquivo do FSB, detalhou que, em 13 de março de 1970, o então presidente da KGB, Yuri Andropov, pediu ao Politburo comunista autorização para destruir os restos de Hitler e de outras pessoas sepultadas em 21 de fevereiro de 1946, em local secreto em uma base militar soviética na Alemanha. Nesse lugar, no número 36 da rua Westendstrasse da cidade de Magdeburgo, estavam enterrados os restos de Hitler, de sua mulher Eva Braun, assim como do ministro de Propaganda nazista Joseph Goebbels e a família deste. Após serem encontrados pelas tropas soviéticas em maio de 1945 e estudados pelos serviços secretos, os restos de Hitler, Braun e os Goebbels tinham permanecido provisoriamente enterrados desde junho daquele ano em uma floresta próxima da cidade alemã de Rathenow. O plano de Andropov era de "exumar e destruir os restos dos criminosos de guerra" enterrados em Magdeburgo para evitar que, no caso da divulgação de sua localização, se transformasse em lugar de peregrinação dos fanáticos de Hitler. A exumação e destruição dos restos ocorreram em 4 de abril de 1970 por uma equipe operacional do departamento da KGB do Grupo de Tropas Soviéticas da então Alemanha do Leste, relatou o general Jristoforov. "A destruição dos restos foi realizada por meio de uma incineração em uma fogueira em um descampado próximo da cidade de Schönebeck, a 11 quilômetros de Magdeburgo. Os restos queimados com o carvão foram esmiuçados até o estado de cinzas, que foram recolhidas e jogadas no rio Biederitz", conforme o ato oficial. O general russo confirmou que no Arquivo do FSB estão guardados parte da mandíbula de Hitler e no arquivo estatal da Rússia permanecem fragmentos do crânio do "führer". Os cadáveres queimados de Hitler e de Eva Braun foram encontrados por agentes do serviço de contra-espionagem soviético em 5 de maio de 1945, perto da Chancelaria do Terceiro Reich em Berlim, onde se encontrava o bunker do "führer".

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