quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Temer nega envolvimento com denúncias de corrupção no Distrito Federal

O presidente da Câmara, deputado federal Michel Temer (PMDB-SP), negou nesta quarta-feira envolvimento com as denúncias de pagamento de propina pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), a parlamentares da base aliada na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Conforme reportagem do portal iG, Temer é citado em uma conversa entre Durval Barbosa, o ex-secretário de Arruda, com Alcir Collaço, dono do jornal Tribuna do Brasil, flagrado em um vídeo guardando dinheiro na cueca. Na conversa, eles comentam que teriam R$ 1 milhão para dividir entre quatro deputados federais. Temer seria um deles. "Meu nome está em evidência. Não há absolutamente nada. Eu não tenho relações pessoais com o governador Arruda, mas mantenho relação política. Não sei por qual razão se destinaria verba para mim. É mais uma infâmia, lamento dizer isso", disse. Segundo Temer, a presidência da Câmara é um cargo de muita visibilidade e que construiu seu nome no decorrer de sua carreira. Porém, chegou a descartar continuar na vida pública se continuar a receber "infâmias". "Eu hoje começo a rever a possibilidade de continuar na vida pública. Se continuar na vida pública significa receber infâmias dessa natureza, não vale a pena estar nela. Tentar enlamear alguém que tem nome, graças a Deus imaculado, sempre é uma vantagem", afirmou Michel Temer, cotado a ser o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). De acordo com a reportagem do portal iG, o vídeo mostra Barbosa e Collaço conversando sobre números "que traduziriam valores remetidos a parlamentares do PMDB". Além de Temer, eles citam os nomes de mais três deputados do PMDB: Tadeu Filippelli (DF), Henrique Eduardo Alves (RN) e Eduardo Cunha (RJ). Num dos trechos do vídeo, Durval diz que Arruda dava 1 milhão para Filipelli. Collaço o interrompe e diz: "São 800 pau. R$ 500 mil para o Filippelli [....] vai R$ 100 mil para o Michel, R$ 100 mil para o Eduardo e R$ 100 para o Henrique Alves".

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