quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Romênia celebra 20 anos de revolução que derrubou o ditador comunista do país

Ao som de músicas natalinas, romenos homenagearam nesta quarta-feira os manifestantes que tomaram as ruas da cidade de Timisoara, há 20 anos, desencadeando a revolução que tirou do poder o ditador mais repressivo do bloco comunista do Leste Europeu. As manifestações começaram quando os moradores reuniram-se à defesa de um pastor dissidente de etnia húngara étnica que estava sendo ameaçado de transferência forçada, o que levou a uma rápida escalada de confrontos com a polícia. No dia seguinte, a polícia, unidades do Exército e dos serviços secretos começaram a disparar contra os manifestantes, dando início a seis dias de combates, que posteriormente se espalharam para a capital, Bucareste, e levaram à derrubada do líder comunista Nicolau Ceausescu. Mais de mil pessoas morreram na única revolta violenta entre as revoluções que varreram do poder os comunistas no leste da Europa Oriental há duas décadas. Apenas em Timisoara, 118 pessoas foram mortas. O ditador Ceausescu, ídolo do PCdoB, foi caçado pelos romenos, preso, executado e pendurado a um poste, no que parece ser o destino final de ditadores. A revolta começou no dia 16 de dezembro de 1989, quando as autoridades tentaram forçar o pastor Laszlo Toekes a transferir-se para uma paróquia rural remota. Manifestantes se reuniram em frente à casa dele e logo o local estava repleto de pessoas. Ceausescu e sua mulher Elena foram executados após um julgamento sumário no dia de Natal. Seu governo brutal foi sustentada pelo serviço Securitate, que tinha um exército de cerca de 700 mil informantes para reprimir dissidentes durante 25 anos de regime brutal.

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