segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Polícia Federal amplia número de operações e prisões chegam a 4.534 em 2009

A Polícia Federal apresentou crescimento nos números de operações especiais e de prisões realizados em 2009 na comparação com o ano passado, segundo relatório divulgado pelo órgão nesta segunda-feira. No acumulado do ano, até o dia 15 de dezembro, a Polícia Federal deflagrou 281 operações especiais, contra 235 no ano passado, representando uma alta de 19,6%. A maioria delas foi focada no combate ao tráfico de drogas (72) e à corrupção (43), com fortes conotações políticas. Já o número de mandados de prisão cumpridos atingiu 4.534, contra 3.969 no ano passado, o que significa um aumento de 14,2%. Durante a apresentação dos números, o ministro da Justiça, o peremptório Tarso Genro, chamou a atenção para o aumento do número de prisões preventivas, de 2.300 em 2008 para 3.392 neste ano. Ele ressaltou que a Polícia Federal passou a priorizar a obtenção de provas consistentes ao invés da publicidade. "O marketing da Polícia Federal era um pouco irregular. Estava gerando dentro da corporação algumas relações privilegiadas com a imprensa. Alguns setores estavam utilizando isso muito mais para aumentar o seu prestígio pessoal do que o da corporação", disse Tarso Genro. O Alto Comissário da KGB petista disse ainda que a Operação Pandora, que investiga um esquema de pagamento de propina no governo do Distrito Federal, está entre as operações em que foi privilegiada a qualidade do inquérito. "O que tem ocorrido não somente nessa operação, mas em todas as operações processadas ao longo desse ano, é uma qualidade cada vez maior do inquérito e uma definição cada vez maior de responsabilidades", afirmou. O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, também disse que a corporação vem priorizando a obtenção de provas robustas como as obtidas na Operação Pandora, entre elas gravações em que políticos aparecem recebendo dinheiro. Isso é uma admissão de que a Polícia Federal, especialmente nestas investigações de corrupção, só obtinha prova furada, que caía depois na Justiça.

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