quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

PMDB baiano abre ação contra governador Jaques Wagner por prevaricação

Uma semana após a prisão de um aliado do ministro peemedebista Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) na Bahia, o PMDB decidiu ingressar com uma ação na Procuradoria-Geral da República contra o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), por prevaricação e condescendência criminosa. Na semana passada, uma operação da Polícia Civil prendeu sete suspeitos de fraude em licitações de linhas de ônibus intermunicipais no Estado. Entre os presos estava Antônio Lomanto Netto, aliado de Geddel e ex-diretor da agência estadual que regula o setor. Até o irmão de Geddel, Lúcio Vieira Lima, presidente do PMDB na Bahia, foi citado em gravações da polícia como beneficiado do esquema, o que ele nega. A ação do partido contra o governador foi baseada em uma entrevista à TV Itapoan, retransmissora da Rede Record, dada um dia após a operação. No programa, Wagner afirmou que foi alertado sobre as possíveis irregularidades na Agerba, agência estadual que regula o setor de transporte público. Avisado há sete meses, Wagner afirmou que chamou "todo mundo que está envolvido nesse caso" e disse que não queria "isso no governo". "Depois disso, alguém foi lá e fez uma denúncia e eu não ia dizer para não investigar", concluiu. Para o PMDB, o governador confessou ter cometido prevaricação e condescendência criminosa. "Por que o governador autorizou a investigação só depois que o PMDB deixou o governo?", questionou Geddel. Ele sugeriu ainda que Wagner estava guardando munição para as eleições estaduais do ano que vem, quando os dois devem se enfrentar na disputa pelo comando do Estado.

Nenhum comentário: