quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Ex-dirigentes da Ulbra são acusados de desviar R$ 63 milhões

Investigação da Polícia Federal aponta que ex-dirigentes da Ulbra desviaram R$ 63 milhões da instituição por meio de pagamentos por serviços de consultoria não prestados. De acordo com a Polícia Federal, o esquema era liderado pelo ex-reitor da universidade, Ruben Becker, e envolvia um grupo de contadores que operava empresas de fachada. Ele e mais 13 pessoas são investigadas por suspeita de estelionato, ocultação de bens e lavagem de dinheiro. Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal e a Receita Federal fizeram buscas em 23 casas, apartamentos e escritórios do grupo e apreenderam computadores e documentos sobre a movimentação financeira. Cerca de R$ 120 mil em espécie foram recolhidos. De acordo com a Polícia Federal, os R$ 63 milhões foram pagos por consultorias não prestadas entre 2005 e o início de 2009. Ao investigarem os pagamentos, os policiais descobriram que algumas das empresas só existiam no papel, sendo registradas em endereços inexistentes. Uma das operações suspeitas é um pagamento de R$ 8 milhões feito pela Prefeitura de Canoas no final do ano passado. Segundo a Polícia Federal, após o pagamento feito pela prefeitura, R$ 5,7 milhões foram sacados na boca do caixa por pessoas ligadas ao ex-reitor. Um dos saques foi de R$ 2,2 milhões. A polícia pediu a prisão temporária de Becker e de mais seis pessoas investigadas, o que foi negado pela Justiça Federal por considerar que não havia risco à investigação. Não foi divulgado pela Polícia Federal se um dos investigados pelo recebimento de consultorias é Antonio Adilson Malman, que fazia serviços especiais para o antigo reitor Ruben Becker.

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