quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cuba reduz ajuda à população para atenuar crise em 2009

O governo do ditador general Raúl Castro reduziu em 2009 a distribuição de alimentos aos cubanos, diminuiu o consumo de energia e freou o pagamento de dívidas, enquanto optou por dar seguimento à política de direitos da população. "As despesas na esfera social devem estar em consonância com as possibilidades reais, e isso significa abrir mão daquelas em que se é possível abrir mão", disse Raúl já em agosto passado, após o agravamento da recessão em Cuba. Segundo dados oficiais, o comércio exterior de bens caiu 36% nos primeiros nove meses do ano, houve uma queda dos preços dos principais produtos de exportação, como o níquel, e a renda gerada pelo turismo diminuiu 12%. O ano começou mal para os cubanos em razão das sequelas de três furacões que arrasaram a ilha em 2008 e deixaram prejuízo de US$ 10 bilhões. A maioria dos analistas e diplomatas culpa o governo cubano pela baixa produtividade e eficiência no país, outro fator determinante para a crise interna. A falta de liquidez levou o ditador Raúl Castro a restringir a partir de maio passado o consumo de energia elétrica, até mesmo fechando empresas estatais que não cumpriram a ordem de economizar, e a reduzir o fornecimento de mantimentos da cartilha de racionamento, que normalmente não chega a cobrir um terço das necessidades da população. O presidente declarou assunto de "segurança nacional" a produção de alimentos na ilha, que chegou a importar mais de 80% do consumido por seus 11,2 milhões de habitantes, enquanto mantinha a metade de suas terras cultiváveis sem produzir.

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