quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Corregedor da Câmara do Distrito Federal se afasta e adia abertura de processo contra deputados

Pressionado para deixar o cargo, o corregedor da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado distrital Rubens César Brunelli Júnior (PSC), apresentou um atestado médico para se afastar do cargo por 20 dias. Ele alegou hipertensão arterial. Com o afastamento, Brunelli adiou a abertura de processo contra os deputados distritais investigados pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, que apura esquema de pagamento de propina a parlamentares da base aliada do governador José Roberto Arruda (DEM). Brunelli é um dos oito deputados distritais investigados. Ele foi flagrado em um dos vídeos gravados por Durval Barbosa, ex-secretário de Arruda que denunciou o suposto esquema de desvio de verbas públicas e arrecadação de propina de empresas. No vídeo, Brunelli e demais deputados oram após dividir o dinheiro da propina. Todos os oito parlamentares investigados devem ser alvo de uma representação por quebra de decoro parlamentar na corregedoria da Casa e, posteriormente, na Comissão de Ética. O afastamento de Brunelli também evita que ele deixe definitivamente a corregedoria da Câmara, que será responsável por investigar todos os deputados investigados pela PF. Além de Brunelli, devem ser investigados o presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), a líder do governo, Eurides Britto (PMDB), o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Rogério Ulysses (PSB), Benício Tavares (PMDB), Pedro do Ovo (PRP), Benedito Domingos (PP), e Roney Nemer (PMDB).

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