sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Arruda diz que foi montada uma farsa para tirá-lo da disputa de 2010 porque era favorito

Ao anunciar nesta quinta-feira a sua decisão de se desfiliar do DEM, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, atribuiu as acusações de participação em um esquema de mensalão no Distrito Federal à disputa política de 2010. Arruda disse que, como líder nas primeiras pesquisas de intenções de voto à reeleição, seus adversários políticos decidiram montar um "triste espetáculo de cenas e imagens montadas com óbvias motivações políticas". "A farsa montada foi o recurso usado pelos meus adversários para me tirar da disputa de 2010. Tudo porque as pesquisas eleitorais me davam ampla vantagem. As práticas políticas que marcam negativamente a vida brasileira, infelizmente, devo admitir, são herança que, agora vejo com clareza, não consegui extirpar completamente como gostaria e como era o meu dever", afirmou. Abatido, ao lado do vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octavio, e da esposa, Flávia Peres Arruda, o governador leu um pronunciamento de cerca de cinco minutos no qual anunciou a sua desfiliação do DEM. Ele classificou de "armadilha" as acusações do seu envolvimento no mensalão do DEM por ter contrariado "interesses pessoais, políticos e empresariais" que estariam se voltando atualmente contra os seus aliados. "Fatos ocorridos há mais de três anos, ainda no governo anterior, foram embaralhados para incutir na opinião pública a impressão de que tudo se passa no tempo presente", disse Arruda, em referência às imagens que aparece recebendo dinheiro.

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