sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Aécio Neves anuncia sua saída da corrida presidencial pelo PSDB

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), decidiu abrir mão de sua pré-candidatura à Presidência da República em 2010, em nota oficial divulgada na tarde desta quinta-feira. Com a retirada do nome de Aécio Neves, o caminho à sucessão de Lula fica aberto no PSDB para a candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Os dois disputavam a indicação do partido. Aécio Neves decidiu antecipar uma decisão que havia reservado para tomar em janeiro em nome do que chama de "convergência" partidária, a fim de "facilitar o caminho" do PSDB em 2010. Na verdade, ele estava correndo o risco de perder totalmente o controle político-eleitoral de Minas Gerais. Aécio Neves e José Serra conversaram nos últimos dias a respeito do assunto, inclusive nesta quinta-feira, horas antes do anúncio da decisão. Aécio, que mais provavelmente se lançará ao Senado no ano que vem, vê como prioridade eleger seu sucessor em Minas Gerais, o candidato deve ser o atual vice-governador do Estado, Antonio Anastasia. Ao ler a carta endereçada ao presidente do PSDB, Sérgio Guerra, Aécio Neves alertou para o perigo da eleição plebiscitária, defendida pelo PT. Aécio Neves também criticou a estratégia do PT de mostrar o País dividido entre ricos e pobres no último programa eleitoral veiculado em cadeia de TV. "Devemos estar preparados para responder à autoritária armadilha do confronto plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir o País ao meio, entre bons e maus, entre ricos e pobres. Nossa tarefa não é dividir, é aproximar. E só aproximaremos os brasileiros uns dos outros através da diminuição das diferenças que nos separam", diz ele na carta. Aécio Neves afirmou que o PSDB deve oferecer ao País uma proposta que unifique, em vez de dividir o País. "Defendemos um projeto nacional mais amplo, generoso e democrático o suficiente para abrigar diferentes correntes do pensamento nacional. E, assim, oferecer ao País uma proposta reformadora e transformadora da realidade que, inclusive, supere e ultrapasse o antagonismo entre o 'nós e eles', que tanto atraso tem legado ao País".

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