quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Advogado de Daniel Dantas rebate críticas e diz que ficou "perplexo" com declarações de Tarso Genro

A defesa do banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity, afirmou que recebeu com estranheza e perplexidade as declarações feitas na terça-feira pelo ministro da Justiça, o peremptório Tarso Genro, sobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça que suspendeu todos os procedimentos relativos ao processo penal da Operação Satiagraha. De acordo com o peremptório ministro Tarso Genro, a medida do Superior Tribunal de Justiça "reflete um senso comum" de "que poderosos dificilmente vão para a cadeia" e de que ricos "são protegidos pelo Poder Judiciário". Além de considerar estranhas as declarações do ministro, o advogado de Daniel Dantas, Andrei Zenkner Schmidt (ex-procurador de Justiça do Rio Grande do Sul), atacou a atuação da Polícia Federal (transformada em polícia política do PT, sob comando do alto comissário Tarso Genro). O defensor do banqueiro disse que a Polícia Federal destruiu provas do caso Satiagraha ao depositar em conta bancária, sem periciar, cédulas apreendidas na casa do administrador de empresas Hugo Chicaroni, um dos acusados de ter intermediado uma tentativa de suborno de Daniel Dantas a um delegado federal. No local, a Polícia Federal recolheu R$ 1,18 milhão, que supostamente seriam usados para pagar a propina à autoridade policial. "Gostaria que a Polícia Federal esclarecesse o porquê de as cédulas apreendidas na casa do Chicaroni não terem sido identificadas pela Polícia Federal quanto à sua origem", disse ele.

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