domingo, 22 de novembro de 2009

Reformista iraniano é condenado a seis anos de prisão

O ex-vice-presidente iraniano Mohammad Ali Abtahi, reformista e acusado de fomentar grandes manifestações nas ruas após a eleição presidencial do país fraudada, em junho, foi condenado a seis anos de prisão, informou a imprensa do país neste domingo. Abtahi, um dos dezenas de líderes moderados detidos após a eleição fraudada, sob acusação de tentar derrubar as instituições clericais, será o mais importante reformista a ser preso até agora após a votação, ocorrida há mais de cinco meses. Ele foi vice-presidente para assuntos parlamentares e legais durante o governo de Mohammad Khatami, entre 1997 e 2005. Abtahi foi oficialmente informado sobre sua sentença no sábado, disse o jornal "Jahan e Eqtesad". A filha do condenado, Fatemeh Abtahi, disse aos jornais que agentes de segurança fizeram busca e apreensão na casa do ex-vice-presidente, em Teerã. Depois, Abtahi foi levado a um tribunal, onde ouviu o veredicto e retornou à cadeia. O Judiciário do Irã disse na semana passada que cinco pessoas foram condenadas à pena de morte e 81 à permanência de até 15 anos na prisão devido aos protestos e atos violentos após o pleito. O líder supremo do Irã, o facínora número um da ditadura iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, que apoiou a reeleição de Ahmadinejad, disse que era um crime questionar a legitimidade da votação. O comitê de Direitos Humanos da Assembléia Geral da ONU condenou o Irã na semana passada por sua repressão aos manifestantes.

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