terça-feira, 10 de novembro de 2009

Oposição tenta evitar entrada da Venezuela no Mercosul após declaração do ditador Hugo Chávez

As recentes declarações do presidente da Venezuela, o ditador Hugo Chávez, de que os líderes militares do país devem estar preparados para a "guerra" no continente, podem colocar em risco a aprovação da adesão do país ao Mercosul. Às vésperas do plenário do Senado votar a inclusão da Venezuela no bloco econômico, a oposição se articula para tirar a matéria de pauta com o argumento de que Chávez é um risco para a estabilidade democrática do bloco. "Evidente que isso vai empatar qualquer negociação nesse sentido. Não temos como trazer para o Mercosul um país que está em estado de beligerância. Isso, com certeza, vai deixar em stand by esse projeto até que haja declaração de tranquilidade, até que ocorram esclarecimentos por parte do presidente Chávez", disse o líder do DEM no Senado Federal, senador José Agripino Maia (RN). A oposição vai trabalhar para adiar a votação do protocolo de adesão até que haja um compromisso do governo venezuelano de que não há uma "situação de guerra" no continente. DEM e PSDB temem que Chávez, no comando da Venezuela, traga instabilidade à democracia no Mercosul, por isso são contrários à aprovação da matéria. Nos bastidores, parlamentares da base aliada governista reconhecem que terão "dificuldades" para discutir o protocolo de adesão esta semana logo depois que Chávez fez declarações favoráveis à guerra no continente americano. Dentro da base governista há senadores contrários ao ingresso da Venezuela no Mercosul. Na semana passada, a base aliada governista adiou a votação do protocolo de adesão da Venezuela no Mercosul por temer a derrota da matéria no plenário do Senado. Com o feriado da última segunda-feira, Dia de Finados, os governistas temiam um baixo número de parlamentares em plenário, já que muitos senadores emendaram o feriadão. Como há forte resistência ao ingresso da Venezuela tanto na oposição como entre senadores da própria base aliada, os líderes governistas acharam mais prudente deixar a votação da matéria para esta quarta-feira.

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