terça-feira, 10 de novembro de 2009

Major que matou 13 em base dos Estados Unidos está consciente e conversa

O major muçulmano Nidal Malik Hasan, que matou 13 pessoas a tiros na base militar de Fort Hood, no Texas, está consciente e começou a falar, afirmou nesta segunda-feira uma porta-voz do hospital militar onde ele está internado. Hasan, psiquiatra com treinamento militar e de origem muçulmana, foi atingido por quatro tiros por uma militar durante o ataque contra os colegas de base. Ele foi levado ao hospital em San Antonio, no Texas, em condição estável e conectado a um respirador. "Ele está conversando com sua equipe médica", informou Maria Gellegos, do centro médico Brooke em San Antonio. A porta-voz se negou, no entanto, a dizer se Hasan também está falando com os investigadores encarregados de esclarecer a chacina. O ataque começou às 13h30 de quinta-feira, no Centro Soldier Readiness, onde os soldados que estão prestes a serem enviados para o campo de batalha ou que estão voltando da guerra passam por exames médicos. Perto de lá, alguns soldados lideravam uma cerimônia de graduação em um teatro com cerca de 600 pessoas, entre tropas e familiares. Hassan começou a atirar com duas armas, uma delas semiautomática. Os soldados que estavam no local reagiram e atiraram de volta, atingindo Hassan. A polícia local informou que os exames balísticos apontam que todas as vítimas foram atingidas por balas que vieram das duas armas carregadas por Hassan. Ele tratava soldados feridos em guerra ou que se preparavam para ir ao fronte de batalha. Muçulmano nascido nos Estados Unidos e filho de imigrantes palestinos, ele cresceu na Virgínia. Serviu como psiquiatra no Centro Médico Militar Walter Reed em Washington, capital, que trata principalmente militares feridos gravemente. O primo do major, Nader Hassan, afirmou que ele se opunha às guerras no Iraque e no Afeganistão e estava preocupado com a notícia de que seria enviado em breve para o front de batalha. "Nós sabíamos há cinco anos que este era provavelmente seu pior pesadelo", afirmou, em referência à sua transferência para o Afeganistão.

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