sexta-feira, 13 de novembro de 2009

João Luiz Vargas não resiste e pede aposentadoria ao Tribunal de Contas gaúcho

O ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, João Luiz Vargas, protocolou nesta quinta-feira o seu pedido de aposentadoria como conselheiro da Corte. Ele não resistiu às investigações e denúncias no âmbito da chamada Operação Rodin, o que o levou inicialmente a renunciar à presidência do Tribunal de Contas e agora ao pedido antecipado de aposentadoria. João Luiz fez carreira política no PDT, pelo qual foi prefeito de São Sepé e deputado estadual. Na década de 70, logo depois de graduado em Direito, cultivou espessa barba, que conserva até hoje, homenagem aos barbudos fidelistas, com a qual viajou para a Nicarágua em apoio aos rebeldes sandinistas. É curioso que ele tenha pedido aposentadoria, porque há uma ordem judicial proibindo que ele se aposente, enquanto tramita o processo civil de improbidade administrativa movido pelo Ministério Público Federal. A ordem judicial foi dada pela juíza federal Simone Barbisan Fortes. João Luiz Vargas está profundamente envolvido na Operação Rodin, especialmente por seu relacionamento negocial com a Pensant, empresa de consultoria mentora de toda a fraude, comandada pelo professor José Fernandes. Os dois foram companheiros de PDT e da administração da Assembléia Legislativa, onde se tornaram também amigos de outro grande envolvido na trama da Operação Rodin, Antonio Dorneu Maciel (PP), que ficou conhecido como "Imperador da Assembléia Legislativa", onde reinou como superintendente durante quase uma década. Agora começa a ser comentado o nome do deputado estadual Marco Peixoto (PP) para a vaga de João Luiz Vargas no Tribunal de Contas do Estado. Se fosse nos Estados Unidos, e seu nome fosse submetido a uma sabatina, ele jamais passaria. Aliás, nem deixaria seu nome ser cogitado para a vaga de conselheiro. Ocorre que João Luiz Vargas tinha um filho empregado como CC no Detran no período das grandes fraudes. E seu nome frequenta desde o incío o bas-fond da Operação Rodin. Parece que a classe política gaúcha não aprende, e que tem a vocação de marchar unida para a beira do abismo.

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