sábado, 24 de outubro de 2009

Vale estuda comprar 51% de empresa de logística em Moçambique

A mineradora Vale informou na sexta-feira que está avaliando exercer a opção de compra de 51% da Insitec, empresa de Moçambique dona de concessões ferroviárias e portuárias, o que viabilizaria a expansão do seu projeto de carvão (Moatize) naquele país. Na sexta-feira, a mineradora assinou em Moçambique protocolo de intenções com o governo e a Insitec, acionista das empresas constituintes do CDN (Corredor de Desenvolvimento de Nacala). Segundo a Vale, o objetivo é reproduzir o modelo de integração mina-ferrovia-porto usado com sucesso no Brasil. "A viabilização deste corredor logístico possibilitará a expansão da mina de carvão de Moatize, e facilitará o desenvolvimento da mina de fosfato de Evate, projetos moçambicanos que estão atualmente em fase de estudo, além de permitir no futuro o escoamento do cobre a ser produzido pela Vale no Copperbelt da Zâmbia", informou a companhia em nota. O projeto Moatize prevê a produção inicial de 11 milhões de toneladas de carvão, que já tem logística assegurada. A compra das ações da Insitec seriam para garantir a expansão de Moatize para 24 milhões de toneladas. "Estamos examinando a viabilização de ferrovia de Moatize a Nacala, envolvendo construção de ligação ferroviária com aproximadamente 180 quilômetros de extensão entre Moatize e Lirangwe, no Maláui", informou a Vale. Além disso, "a empresa avalia a reabilitação de 730 quilômetros da ferrovia já existente conectando o Maláui a Moçambique, e o desenvolvimento de um terminal marítimo de águas profundas... em Nacala", complementou a companhia. "Este projeto vai promover o desenvolvimento da África Oriental, com destaque para países como Moçambique, Zâmbia, Maláui e República Democrática do Congo, onde existem importantes reservas de carvão, cobre e fosfato e enorme potencial agrícola", declarou o presidente da Vale, Roger Agnelli. A Vale também participou na sexta-feira de uma licitação na Mongólia, para exploração de carvão.

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