quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Presidente da Petrobrás diz que oposição está “atordoada”

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou nesta terça-feira que a oposição está "atordoada" com os projetos apresentados pelo governo para o marco regulatório do pré-sal. “A oposição não têm posição de confronto. Todas as emendas feitas aos projetos são pontuais. Nenhuma é confrontante”, afirmou ele. Gabrielli admitiu que o petróleo é uma bandeira política no País: "É uma boa bandeira política, sempre foi. Porque ele é a característica fundamental da vida moderna. Por isso tem guerra por causa dele, por isso é tão relevante política e eleitoralmente". Gabrielli voltou a defender o papel da Petrobras como operador único dos blocos do pré-sal. Os projetos de lei criados pelo governo determinam que a empresa estatal seja operadora de todos os blocos, e tenha uma participação inicial de 30% em cada um deles. Além disso, a empresa poderá competir com as concorrentes pelos outros 70%. Toda a operação será regulada por uma nova companhia a ser criada, que ficou conhecida como Petro-sal. "Se o Congresso aprovar os projetos, a Petrobras será operadora de 100% do pré-sal. Mas isso não quer dizer que será a única. Ela terá 30% de investimento mínimo, e as outras empresas podem entrar com os outros 70%", disse o executivo. Segundo ele, a vantagem principal de ser operadora única é o conhecimento que a empresa adquire com a atividade. O presidente da Petrobras defendeu que o risco de exploração nos campos do pré-sal é mínimo e, justamente por isso, a regulação do setor deve ser alterada. De acordo com ele, de 47 poços do pré-sal perfurados, foi encontrado petróleo em 41. "Desses, 13 foram perfurados com o objetivo de atingir a camada pré-sal. Nesses 13, a taxa de acerto foi de 100%", disse. "Considerando os 47, a taxa de acerto foi de 87%, enquanto a média mundial é de 25%. Ou seja, a nossa taxa é três, quatro vezes maior que a média mundial. É um fato geológico”, afirmou Gabrielli.

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