segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Lula usa eleição interna no PT para enquadrar Estados

O presidente bolivariano Lula pretende utilizar a eleição interna do PT no final de novembro para enquadrar Estados que resistem a abrir espaço para aliados. Nesta semana, Lula interveio no caso mais espinhoso, o do Rio de Janeiro. Liberou seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, para dar apoio explícito ao deputado federal Luiz Sérgio, que concorre à presidência do diretório estadual com o discurso de apoio à reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB). Lula orientou seus aliados a fazerem o possível para dar vitória por ampla margem a Luiz Sérgio, de preferência no primeiro turno da votação petista. Sindicatos ligados à CUT ajudam na mobilização pró-Sérgio. Outros Estados problemáticos para o PT vivem situações semelhantes. No Ceará, o governo trabalha pela chapa ligada à prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, defensora do apoio ao PSB. Concorre com ela o grupo do ex-prefeito de Quixadá, Ilário Marques, que prefere candidatura própria. No Paraná, Lula aposta numa vitória esmagadora do grupo ligado ao ministro Paulo Bernardo (Planejamento) para sacramentar o apoio ao senador Osmar Dias (PDT) para o governo. Outro exemplo é o Pará, onde o atual presidente estadual, João Batista, concorre à reeleição com o discurso de apoio ao PMDB do deputado federal Jader Barbalho. Marcado para 22 de novembro (com segundo turno em 6 de dezembro), o PED (Processo de Eleição Direta) prevê o voto direto dos filiados para as direções nacional, estaduais e municipais.

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