domingo, 11 de outubro de 2009

Jornal Clarin diz que a Lei de comunicações na Argentina integra "ofensiva sem limite"

A aprovação da nova lei de meios de comunicação pelo Senado da Argentina é um "outro passo dos Kirchner em uma ofensiva que não tem limites", diz o analista político do jornal argentino "Clarín", Eduardo van der Kooy. Segundo o analista, é "impossível" desvincular a lei, aprovada "com folga" no Senado argentino, na sexta-feira, da ameaça feita na última quinta-feira pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, aos acionistas da empresa Papel Prensa (controlada pelo Grupo Clarín, principal conglomerado de comunicação argentino). Ele disse que poderia emitir um decreto para que o Estado assuma a companhia por não estar de acordo com sua administração. A nova lei pode, segundo o analista, servir de instrumento aos peronistas populistas e bolivarianos Néstor e Cristina Kirchner para "tentar reviver um projeto político que já sofreu um revés eleitoral e que carece, segundo todas as pesquisas, de apoio popular adequado". "Desde o governo de Néstor Kirchner (2003-07), marido e antecessor de Cristina, o Executivo argentino mantém uma relação difícil com a imprensa. Nos últimos anos, o enfrentamento com o maior conglomerado de mídia do país, o Grupo Clarín, ficou mais intenso. No dia 10 de setembro, centenas de fiscais da Receita Federal da Argentina fizeram uma inacreditável e psicopática blitz contra a sede do "Clarín", que havia publicado no mesmo dia denúncias contra o órgão, no que foi chamado pelo grupo de comunicação de uma inequívoca ação intimidatória.

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