domingo, 11 de outubro de 2009

Grupos de mídia da Argentina vão recorrer de nova lei na Justiça

O Clarín, maior grupo empresarial dos meios de comunicação da Argentina, e o Grupo Uno, do mesmo ramo, anunciaram neste domingo que questionarão judicialmente a constitucionalidade da lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, aprovada na véspera. "O Grupo Clarín vai recorrer à Justiça para fazer valer seus direitos. Não se trata de ganhar tempo, trata-se da existência de artigos realmente inconstitucionais. Alguém tem de consertar isso", afirmou o diretor de Relações Exteriores do Clarín, Jorge Rendo. O executivo disse que o Grupo Clarín tem 16.000 funcionários diretos e já promoveu a retirada voluntária em sua controlada TYC, que perdeu o monopólio das transmissões do futebol de primeira divisão, mas não tem outros planos de redução de seu pessoal. O empresário Daniel Vila, presidente do Grupo Uno, disse que vai "recorrer à justiça para impedir que a lei seja aplicada, porque vários de seus artigos são inconstitucionais", acrescentando que as demissões serão inevitáveis. "O que vai acontecer se em um ano não vendo minha empresa? - perguntou Vila, referindo-se ao artigo da lei que impõe limites à concentração de licenças e sinais. "Terei de baixar as cortinas, pagar as indenizações e demitir pessoas", respondeu.

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