quarta-feira, 28 de outubro de 2009

FAB conclui que pista de Congonhas e falta de treinamento contribuíram no desastre do Airbus da TAM

O relatório final da Aeronáutica sobre o desastre do Airbus A320 da TAM, que fazia o vôo 3054, aconteceu devido à falta de área de escape na pista do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e ao treinamento insuficiente dado aos pilotos para situações de risco. A posição incorreta do manete direito (alavanca que controla a potência da turbina direita) é o fator decisivo, de acordo com o texto. Mas, o relatório não tirou conclusão alguma a respeito do peso desse erro para o acidente, que terminou no maior desastre da aviação comercial brasileira, resultando na morte de 199 pessoas, no dia 17 de julho de 2007. O documento foi aprovado na terça-feira pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, referendando a investigação que não foi capaz de determinar se uma falha humana ou mecânica está por trás da maior tragédia da aviação brasileira. Nos próximos dias, o relatório será apresentado aos familiares das vítimas do desastre. A dúvida que jamais será desfeita é se o manete da turbina direita ficou na posição de aceleração e se isso aconteceu porque o piloto esqueceu ou o colocou na posição errada, ou se o computador de bordo fez a leitura errada do comando. A confirmação de que é impossível uma conclusão veio de exame feito na França nos manetes achados nos destroços. A primeira hipótese, de falha humana, é mais provável porque são raros os relatos de falha desse equipamento e porque o reverso direito (sistema auxiliar de frenagem) estava com problemas, o que pode ter confundido o piloto. Relatório Videversus simplifica as coisas: culpados são os mortos, que escolheram estar naquele vôo do Airbus A 320 de TAM.

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