quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ex-presidente argentino nega culpa por repressão e diz ter sofrido golpe

O ex-presidente argentino Fernando de la Rúa negou nesta quarta-feira sua responsabilidade na repressão policial ocorrida em Buenos Aires em dezembro de 2001, pouco antes de sua renúncia. "Não houve nenhum plano repressivo ou reunião, e eu, como presidente, não dei qualquer ordem de reprimir", declarou ele diante do juiz federal Cláudio Bonadio, que seguirá investigando o papel de Fernando De la Rúa no episódio, por ordem da Câmara Federal. O ex-presidente, que deixou a Casa Rosada, sede do governo, a bordo de um helicóptero no dia 20 de dezembro de 2001, atribuiu a responsabilidade pela repressão que ocorria então na Praça de Maio, em frente ao edifício oficial, à Polícia Federal. Pelo menos cinco pessoas morreram e cerca de 200 ficaram feridas na ocasião, quando a Argentina viveu uma grave crise política, econômica e social. Um dia antes de renunciar, De la Rúa decretou o estado de sítio no país. Para ele, no entanto, o que ocorreu em 2001 foi um "golpe civil e institucional", orquestrado pela oposição peronista de Buenos Aires, que pretendia levar à presidência Eduardo Duhalde, o que acabou se concretizando posteriormente. Ele admitiu nesta quarta-feira ter cometido um "erro" ao abandonar a Casa Rosada, sede do governo, depois de renunciar ao cargo, ocupado por Duhalde até 2003, quando foi eleito Néstor Kirchner.

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