terça-feira, 6 de outubro de 2009

Delegada Estella Maris Simon desmente ter sofrido pressão de Yeda Crusius para pagar dívida com Atento

A ex-presidente do Detran gaúcho, delegada civil Estela Maris Simon, foi ouvida por cerca de cinco horas na CPI petista montada na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul como palanque para a candidatura petista de Tarso Genro ao governo do Estado. No início do depoimento, a ex-presidente entregou à comissão um relatório de 15 páginas. O documento trata da contratação e do funcionamento do contrato com a empresa de guincho Atento Service. Segundo Estella, a empresa chegou a abrir mão de receber os valores devidos pelo Estado, mas não citou qual seria a dívida. A delegada trouxe um documento de 6 de novembro de 2008 que comprovaria essa disposição. A cobrança de R$ 16 milhões foi feita em reunião no dia 31 de março entre Estella e representantes da Atento. A então presidente não reconheceu a dívida. Os representantes da Atento ameaçaram cobrar judicialmente o valor, segundo Estella. Mesmo assim, ela negou ter sofrido pressão para fazer o pagamento: “Nunca recebi pressão para pagar nada”. Conforme a ex-presidente do Detran, ela inclusive recebeu apoio da governadora Yeda Crusius à decisão de romper o contrato com a Atento. Ela disse que a governadora afirmou: “Não se paga nada. Deixa a Justiça resolver”. Segundo a ex-presidente do Detran, em outro momento, o então secretário da Transparência, o procurador de Justiça Carlos Otaviano Brenner de Moraes, sugeriu antecipação de valores, de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões da dívida cobrada pela Atento. O objetivo era evitar que o Detran fosse obrigado a romper com a empresa. Para Estella, o torpedo enviado pelo procurador Carlos Otaviano Brenner de Moraes, pedindo a desistência do rompimento com a Atento, foi a gota d'água da sua demissão.

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