domingo, 6 de setembro de 2009

Venezuela abre outro processo contra TV opositora Globovisión

A Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) da Venezuela abriu um novo processo contra a cadeia opositora Globovisión, por incitação ao golpe de Estado, em notícias enviadas para o público através de mensagens de texto pelo celular. A Globovisión citou declarações do ministro de Obras Públicas, Diosdado Cabello, nas quais anunciava a "abertura de um processo administrativo sancionador, por causa de notícias enviadas por telefone, que chamam ao golpe de Estado". "Se você estimula o golpe de Estado, se você estimula o assassinato de autoridades, assuma sua responsabilidade", acrescentou Cabello, segundo a cadeia privada, acusada de "terrorismo midiático" pelo presidente Hugo Chávez. Este é o quinto processo aberto contra a Globovisión, dos quais dois poderiam resultar na retirada da permissão de transmissão outorgada pelo Estado. A oposição acusa o presidente de estar por trás de uma ofensiva judicial contra a Globovisión, a única TV aberta fortemente anti-Chávez que restou na Venezuela. Chávez acusa as TVs Globovisión, Venevisión, RCTV e Televen de ter apoiado um golpe que o tirou do poder, brevemente, em 2002. Após as críticas, Venevisión e Televen adaptaram as coberturas; e a RCTV passou a ser um canal a cabo depois de ter a renovação de licença de funcionamento recusada pelo presidente, em 2007. No dia 3 de agosto, um grupo armado chavista, chefiado por Lina Ron, chefete de milícia do partido do clown bolivariano, atacou com bombas de gás lacrimogêneo a sede em Caracas da Globovisión. No fim de julho, o governo rescindiu a concessão de 34 emissoras de rádio em todo o país por "morte do titular, vencimento da concessão, falta de renovação da permissão ou declaração de improcedência de uso".

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