terça-feira, 1 de setembro de 2009

Senadores chamam reforma eleitoral de "superficial" e dizem que mudanças são "insuficientes"

Senadores da base aliada governista e da oposição reconheceram nesta terça-feira que a reforma eleitoral em discussão no Congresso Nacional será "insuficiente" para modificar as regras previstas para a disputa de 2010. Como o Legislativo não conseguiu tirar a esperada reforma política do papel, os parlamentares avaliam que o parecer sobre a lei eleitoral será uma solução intermediária apenas para evitar que as eleições do próximo ano ocorram sem qualquer modificação no atual modelo. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, sugeriu a criação de uma comissão para discutir a reforma política. Mas, reconheceu que as mudanças só poderão ser aprovadas pelo Legislativo em 2011. "Com os atuais parlamentares, não vamos conseguir aprovar nada. Após encerrado esse período, já para as eleições de 2012 ou 2014, haverá chance para nos aprofundarmos essas discussões. Vamos ficar restritos ao que veio da Câmara", disse Demóstenes Torres. As mudanças na lei eleitoral têm que ser sancionadas até o dia 2 de outubro para que possam valer na disputa de 2010. As duas comissões adiaram a votação do texto para esta quarta-feira uma vez que não há acordo para as emendas apresentadas ao parecer. Entre as mudanças, está a permissão para a propaganda eleitoral em sites noticiosos na internet. Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o Senado não pode enganar a opinião pública ao omitir que vai aprovar somente mudanças superficiais na lei eleitoral. "Essa reforma, do jeito que está, é insuficiente. Temos o dever de esclarecer a opinião pública sobre o que estamos aprovando e onde queremos chegar. Não vamos chegar muito longe com essa reforma eleitoral, é uma reforma pífia. A reforma política foi relegada a segundo plano", afirmou Álvaro Dias.

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