quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Peremptório, Tarso Genro ataca ministro Peluso, diz que terrorista Battisti é "preso político" e que extradição pode abrir crise

O ministro da Justiça, o peremptório Tarso Genro, rebateu nesta quinta-feira as críticas do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, sobre a concessão do refúgio político ao ex-militante italiano Cesare Battisti. Tarso Genro, conhecido no Rio Grande do Sul como “garoto de ouro”, disse que Peluso fez um parecer "equivocado" e afirmou que caso o Supremo confirme a extradição pode abrir uma crise entre os Poderes. O ministro disse ainda que desde janeiro de 2007, quando foi concedido o refúgio político ao terrorista Cesare Battisti, o Brasil tem um preso político. Na avaliação de Tarso Genro, os ministros do Supremo estão julgando se podem ou não rever a concessão do refúgio que é prerrogativa do presidente da República. "Seja qual for a decisão vai ser respeitada, mas é necessário dizer que abre um precedente extremamente grave no balanço, na relação equilibrada entre os Poderes da República. Está se discutindo efetivamente se o Poder Judiciário tem o direito de avocar para si o peso político que reservado ao Executivo. Essa é a verdadeira discussão que no fundo envolveu o debate dos ministros", disse Tarso Genro. Ele ainda disse, peremptoriamente, que o relator do caso Battisti teve um voto ideológico: "Acho que seu voto é equivocado e parte de juízos ideológicos. Foi um voto tendencioso na medida em que ele inclusive deu tonalidades e peso diferentes para os argumentos que usei no meu despacho”.

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