quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Oposição consegue apoio da base aliada contra urgência do pré-sal e isola PT

Os partidos da oposição na Câmara dos Deputados conquistaram nesta quarta-feira o apoio de quatro legendas da base governista lulista contra a urgência para a tramitação das propostas que regulamentam a exploração do pré-sal. A aliança deixou o PT praticamente isolado na defesa do prazo de 90 dias para o Congresso Nacional analisar as matérias. O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (RN), disse que vão levar nesta quinta-feira, na reunião do Conselho Político, um novo pedido para que o presidente Lula retire o pedido de urgência das propostas. Durante a reunião de líderes da Câmara dos Deputados, além de PSDB, DEM, PPS e PSOL, representantes do PMDB, PP, PR e PTB cobraram que o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Michel Temer (PMDB-SP), discuta com o presidente Lula o fim da urgência. Apesar da pressão, o líder do PT, o inefável Henrique Fontana (RS), disse que o governo não vai voltar atrás na idéia de fixar um prazo para que as matérias que tratam do pré-sal sejam analisadas na Câmara e no Senado. Fontana (forte candidato a novo Mercadante, aquele que renunciou à renúncia irrevogável) minimizou o racha na base e ironizou o argumento da oposição de que discutir o pré-sal em 90 dias é desrespeitar o trabalho do Congresso. "A base tem posição favorável à urgência para as matérias. Temos que ter consciência que a votação rápida dessas propostas vai permitir que o Brasil tenha mais cedo os lucros da riqueza do pré-sal", disse o inefável Henrique Fontana, o mais realista dos reais.

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