quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Hildebrando Pascoal nega crime da motosserra e atribui culpa a ex-vereador

O deputado federal cassado e coronel reformado da Polícia Militar do Acre, Hildebrando Pascoal, negou nesta terça-feira envolvimento no crime da motosserra e afirmou que o culpado pela sessão de tortura e assassinato do mecânico Agilson Santos Firmino, o "Baiano", em 3 de julho de 1996, foi o ex-vereador Alípio Ferreira, que já morreu. O Tribunal do Júri do Acre retomou nesta terça-feira o julgamento do caso. Além de Hildebrando, são julgados Pascoal Nogueira Neto, Adão Libório de Albuquerque e Alex Fernandes. Na segunda-feira, primeiro dia do julgamento, foram ouvidas 15 testemunhas. Após ouvir as testemunhas, Hildebrando pediu ao juiz para fazer sua própria defesa, e o pedido foi aceito. O deputado federal cassado afirmou que não conhecia Baiano e disse ser vítima de uma armação por parte de seus adversários. "Sou vítima das mais sórdidas e mentirosas campanhas na história deste País”, disse ele. Hildebrando Pascoal ainda atacou o Ministério Público ao dizer que as provas contra ele foram forjadas. O deputado cassado disse que a arma do crime não foi uma motosserra, e sim um facão. Segundo a denúncia, ainda vivo, o mecânico teve os olhos perfurados, braços, pernas e pênis amputados com a utilização de uma motosserra, além de um prego cravado na testa. Em seguida, os réus atiraram contra a cabeça do mecânico. A suspeita é que Hildebrando efetuou os disparos. O que sobrou do corpo de Baiano foi jogado em uma movimentada avenida de Rio Branco. O filho de Baiano, de 13 anos, também foi morto. Hildebrando tem uma lista de crimes e condenações tão extensa quanto o número de vítimas executadas pelo esquadrão da morte que liderou. Mesmo preso, já condenado a mais de 80 anos de prisão por dois homicídios, tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha e crimes eleitorais (trocava cocaína por votos) e financeiros, ele ainda assusta os moradores do Estado. Quatro testemunhas do crime da motosserra foram assassinadas e Hildebrando foi condenado por duas dessas mortes.

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