quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Golpista Zelaya diz que está sendo “submetido a tortura” na embaixada do Brasil

O presidente deposto de Honduras, o golpista Manuel Zelaya, permanece na embaixada do Brasil na capital hondurenha, Tegucigalpa, e não há informações sobre quando ou como ele sairá do prédio da representação brasileira. Em uma entrevista à BBC Mundo, Zelaya disse que tanto ele como aqueles que o acompanham na sede diplomática do Brasil vivem sob condições de "tortura física" e "ameaças". Ele disse à BBC: “Nós estamos sendo submetidos a tortura física por meios eletrônicos que estão afetando nossos nervos com aparelhos que criaram um problema nervoso para nós que estamos aqui. Eles jogaram gases tóxicos e cercaram a embaixada para limitar apenas a entrada mínima de entrega de comida e serviços públicos. Nós também temos problemas com as ameaças de invasão”. A BBC perguntou como ele responderia a uma proposta do presidente Roberto Micheletti para um diálogo. O golpista Manuel Zelaya respondeu: “Isso é falso. Ele não falou sobre nenhum tipo de diálogo. Um de seus porta-vozes apareceu falando isso, mas ele mesmo não disse absolutamente nada. Eu não tenho problema algum com as eleições. Essa não é uma preocupação de meu Executivo. O Tribunal Eleitoral é responsável por isso”. E à pergunta sobre se ficaria satisfeito em realizar as eleições mesmo que não possa ser candidato, o golpista Zelaya respondeu: “Eu nunca me coloquei como candidato para as futuras eleições. Eu nunca propus a reeleição. Tudo faz parte de uma campanha internacional de difamação. Daqui os meus apoiadores não saem. É o povo que está protestando contra o golpe de Estado”. A BBC perguntou se há uma saída para a crise e o golpista Zelaya respondeu: “A saída seria aquele que usurpou o poder com o uso da força, ilegitimamente, abandonar o poder. As eleições nunca estiveram ameaçadas, nunca foram questionadas. Esse é um grupo ambicioso, uma elite econômica que lidera a economia de todo país, que tem o país atolado na pobreza. E agora eles querem estar à frente dos três poderes do governo. Os responsáveis pelo golpe fazem parte de seis famílias hondurenhas”. Evidentemente, o golpista Zelaya utiliza a embaixada do Brasil como um palanque para pregar a insurreição armada em seu país, só que a população não lhe dá ouvidos.

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