domingo, 20 de setembro de 2009

Gilmar Mendes diz que críticas a Toffoli se assemelham às que recebeu em 2002

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, comparou na sexta-feira as críticas feitas pela oposição à indicação do advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, para uma vaga na Corte às acusações "indevidas" que lhe foram dirigidas em 2002, ao ser indicado para o órgão pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Gilmar Mendes, que também exercia o cargo de advogado-geral da União na ocasião, minimizou as críticas que recebeu do PT à época, justificando que "havia uma disputa eleitoral em andamento" e que o partido não é mais o mesmo: "Era o PT da oposição, não o PT de hoje, da situação”. Mesmo assim, disse que aceita o pedido de "mea culpa" do partido. "Eu aceito as desculpas. Foi desleal mesmo. Não só fizeram acusações indevidas como também usaram o Ministério Público, produziram ações de improbidade contra mim e integrantes do governo", afirmou o ministro durante encerramento da Semana Nacional de Conciliação ao comentar declarações de integrantes do PT. Questionado sobre a idade de Toffoli, 41 anos, e sobre o acúmulo de saber jurídico do indicado, que não possui mestrado ou doutorado e foi reprovado em dois concursos para juiz, Gilmar Mendes disse que esses argumentos são do mesmo tipo dos utilizados contra ele e evitou comentar. Mas rebateu: “É uma pessoa qualificada, com um bom diálogo com o Supremo Tribunal e que tem atuado de forma responsável. Portanto, não vejo problemas". O presidente do STF também disse que o fato de pessoas manterem vínculos políticos com partidos ou governos não implica, necessariamente, em atitudes "voluntarísticas".

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