terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ex-presidente Fujimori retorna ao banco dos réus no Peru

O ex-presidente Alberto Fujimori, de 71 anos, que governou o Peru entre 1990 e 2000, retornou nesta segunda-feira ao banco dos réus para enfrentar um quarto julgamento, agora acusado de espionagem telefônica, suborno a congressistas e compra ilegal de meios de comunicação. Extraditado do Chile em setembro de 2007, Fujimori já foi condenado a 25 anos de prisão por violar os direitos humanos e ordenar sequestros. O primeiro caso de violação ocorreu no distrito de Barrios Altos, em 1991. O grupo de extermínio liderado pelo presidente, chamado de Colina, invadiu um churrasco e matou a tiros 15 pessoas, inclusive crianças. Mais tarde, investigações revelaram que o Colina queria matar um grupo de simpatizantes do Sendero Luminoso que estava reunido em outro andar, naquele mesmo prédio. Outro caso ocorreu sete meses mais tarde, em julho de 1992. Na tentativa de prejudicar o Sendero Luminoso, que realizava ataques quase diariamente, o Colina "desapareceu" com nove estudantes e um professor da Universidade La Cantuta. Fujimori ainda foi considerado culpado pelo sequestros de um empresário e de um jornalista, na época, correspondente do jornal espanhol "El País" no Peru, que, em 1992, criticaram o fechamento do Congresso e dos tribunais peruanos. Em seu segundo julgamento, o ex-presidente foi condenado a seis anos de prisão por uma revista ilegal realizada na casa da mulher do ex-chefe de Inteligência, Vladimiro Montesinos, em 2000; e, em seu terceiro, a sete anos de prisão por tentar comprar o silêncio do mesmo Montesinos por US$ 15 milhões, também em 2000.

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